Deglutição: Fonoaudiologia da Aril auxilia nos tratamentos da disfagia.

Deglutição é o ato de “engolir”, transportar o alimento ou saliva da boca até o estômago de forma segura e funcional.

Nesse ato, temos vários órgãos envolvidos, que são: boca (músculos da bochecha, dentes, língua e palato), faringe, esôfago e estômago, que, de forma sequenciada, permitem que realizemos a deglutição.

Todo esse mecanismo é controlado pelo sistema nervoso.

A deglutição é uma ação automática que está presente desde a oitava semana de gestação.

Para melhor compreensão desse ato automático, dividimos em 3 partes:

  • Fase oral (preparatória)

Essa fase é a única fase voluntária, pois conseguimos controlá-la, e se dá quando mordemos ou introduzimos o alimento na boca.

Com auxílio dos dentes (que trituram) e da saliva, forma-se o bolo alimentar de tamanho e consistência ideal para ser transportado para a faringe e esôfago.

Após esse processo, o alimento é posicionado no centro da língua, os lábios se fecham, a língua realiza um movimento ondulatório para trás, pressiona o alimento contra o palato (esse movimento evita que o alimento entre em cavidade nasal) e essa pressão faz o deslocamento do alimento até a faringe.

São consideradas algumas alterações nessa fase: alterações neurológicas, falta de dentes, próteses mal adaptadas (que podem dificultar a mastigação); alterações da musculatura ocasionando fraca impulsão do bolo alimentar e alterações na saliva.

Alguns estudos consideram, também, que existe uma fase antecipatória, que consiste na antes do ato de morder envolvendo cheiros e lembranças da comida que irá comer. É o que nos dá vontade ou não de comer, salivar quando pensamos no gosto de um limão, por exemplo.

  • Fase Faríngea

Conhecida como a fase mais complexa da deglutição, devido ao grande número de estruturas atuantes e da coordenação entre as funções respiratória e digestória.  Essa fase é involuntária, ou seja, não depende do controle do indivíduo para acontecer.

Vários eventos ocorrem durante essa fase:

– o palato mole (céu da boca) e a úvula (campainha) fecham a ligação com o nariz, impossibilitando que o alimento suba para essa região;

– a respiração é interrompida;

– a laringe se eleva, fechando as pregas vocais e epiglote impedindo que o alimento entre em vias aéreas e pulmões.

– ocorre a transição para o esôfago.

As alterações nessa fase, ocorrem principalmente em idosos devido ao enfraquecimento muscular da região, já que a faringe é composta apenas por músculos, mas pode acometer crianças também. Devido ao enfraquecimento, ocorre, em alguns casos, a diminuição do reflexo de tosse, o que pode ocasionar pneumonias por aspiração.

CURIOSIDADE: quando engasgamos, significa que uma pequena parte do alimento ou saliva atingiu a laringe e como um reflexo protetor, uma tosse intensa é produzida na tentativa de expulsar o alimento para que ele não atinja os pulmões.

  • Fase esofágica

Fase da deglutição involuntária, inconsciente. Inicia com a transição da abertura entre faringe e esôfago, desencadeiam ondas peristálticas que transportam o alimento até o estômago.

No envelhecimento, e em algumas crianças, estas ondas podem ser mais lentas e ineficazes, aumentando a incidência de refluxo gastroesofágico.

Qualquer problema de saúde que debilite o paciente, como um problema neurológico ou uma infecção severa, pode interferir na deglutição alterando o trânsito do alimento da boca até o estômago, é o que chamamos de disfagia e pode colocar o indivíduo em grave risco de aspiração pulmonar, desnutrição e/ou desidratação.

Fonte: https://sbgg.org.br/; https://siteantigo.portaleducacao.com.br/

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